Como educar meus futuros filhos?

Volta e meia eu penso se vou saber passar a educação ideal para meus filhos. Como ensinar o que é certo e é errado? Como agir em determinadas situações? Isso não é nada fácil.

Se um coleguinha tentar te bater, você não pode revidar. Mas… também não apanha quieto, tá?!

Se nem eu sei a melhor solução para o caso, como vou ajudar meu filho?

Bom, mas além da educação vinda de casa, existe a chamada “escola do mundo”. Aquela educação pela qual é praticamente impossível — só se você for viver em uma ilha deserta sem acesso à internet — não se deixar influenciar. Afinal, vivemos em um planeta globalizado, onde cada vez mais o número de informações é maior e se espalha mais rapidamente.

Não por acaso, diariamente vemos crianças com menos de 5 anos de idade com um celular ou tablet na mão, mesmo que seja só para distração com um desenho animado colorido e musical. Eles já têm acesso à informação. Esses pequenos adultos criam facilmente os instintos de usabilidade dos smartphones, coisa que gerações anteriores não conseguem ter de forma tão natural.

Uma cena comum na minha infância eram pessoas jogando lixo pela janela do carro. Eu fazia, minha família fazia, qualquer motorista ou passageiro não pensava duas vezes antes de jogar qualquer coisa pelas estradas da vida.

Só de imaginar, sinto um mal-estar. Ver um ser humano tocando seus “resíduos” para fora da janela na maior naturalidade é um absurdo grotesco. Hoje, sou capaz de ir atrás da pessoa e dizer: cê tá de brincadeira, né? (inclua algum palavrão em qualquer lugar da frase).

Eu cresci achando essa situação normal e não sei em que ponto da minha vida essa opinião mudou ou quem me fez mudar. Sei, porém, que hoje as crianças aprendem — em casa, na escola, na vida — de uma forma mais consistente que só existe um lugar para o lixo: a lata de lixo.

Atualmente, pouco vejo — obrigada, sociedade — lixo voando pela janela. Entretanto, infelizmente, ainda tem MUITO lixo nos lugares em que não deveria haver. Mas já pensou levar um sermão de um pequeno indivíduo, dizendo que isso não se faz? Garanto que muito marmanjo fica com o rabinho entre as pernas. Isso, sim… vejo acontecer.

E olha que esse é só um exemplo de como elas são mais educadas que nós, adultos. Afinal, quem ensina errado para elas, em diversos momentos, somos nós mesmos.

Já refletiu sobre o que as crianças consomem hoje? Elas gostam de Frozen, onde não é necessário um príncipe para salvar ninguém. Assistem Malévola, entendendo que toda história tem dois lados, e não apenas Cinderela ou A Branca de Neve. Nós moldamos nosso caráter de diversas formas.

Quer alguns motivos para se convencer que essa geração vai ser bem melhor que a nossa?

Nós assistíamos o Tom apanhando do Jerry todos os dias, o Coyote tentando matar o Papa-Léguas, o Pica-Pau dando calotes, nem o Mickey era santo naquela época… Digamos que hoje ele mudou suas crenças e na Turma do Mickey, ensinam o alfabeto e matemática de uma forma divertida.

A grande maioria dos desenhos até os anos 90 tem um enorme apelo de violência — psicológica e física. Tudo era na base da porrada. E como são os adultos agora? Fica a reflexão.

Pensar e compreender certas tendências nos ajuda a entender o que será moldado em uma geração inteira. Como que cada atitude ou ação pode nos atingir a curto ou longo prazo.

Voltando a minha dúvida inicial de como educar os filhos que um dia terei: ainda não sei a resposta. Tenho esperanças, de qualquer forma, que toda essa revolução de pensamento que estamos passando vai refletir em grandes conquistas no futuro. Para a gente e para os pequenos.

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